Falar sobre o CIC em apenas uma página é um desafio imenso, quase impossível, mas essa é a nossa missão para hoje. Vamos escrever um pouquinho sobre alguns anos vividos por nós na década de 80.
Parte interna do CIC (Foto: Vlademir Alexandre/Tribuna do Norte) |
Que fique registrado o nosso desejo perene de pesquisar fatos e nomes, fotografias e demais documentos, tudo o que for possível para resgatar a memória do CIC, seja qual for o esporte a ser abordado ou tema geral. Já estou raciocinando na elaboração do próximo texto (a ser publicado aqui) , cujo tema será A FUNDAÇÃO do nosso colégio. Hoje, eis que o momento é o de recordar UMA PÁGINA ESPORTIVA DO CIC (na década de 80) e alguns personagens da vida real.
Vamos por partes pois é hora de entrar no TÚNEL DO TEMPO e folhear as páginas da minha memória.
Parte 1️⃣
Em 1983, para surpresa de muitos, o CIC teve ampla reformulação no basquete, fruto da ação efetiva do professor Bosco (coordenador) com o beneplácito da Madre Carmen Alves, especialmente em razão das cobranças de muitos pais - queriam mudanças!!! O título inédito do futsal juvenil (sub 18) , conquistado nos JERN'S de 1982, impulsionou mudanças nos outros esportes para o ano subsequente.
Olha aí a medalha do CIC nos JERN'S de 1982. Foto do atleta Derocy. |
Quem ousar escrever sobre a biografia esportiva do CIC, sobretudo reformulações, trabalhos e conquistas, não poderá esquecer a exitosa performance do professor Clóvis Gomes - contratado para o futsal em 1981, por iniciativa de um grupo de pais e alunos, cujo resultado foi meteórico ao fazer o CIC campeão dos JERN'S no ano vindouro. Clóvis se tornou uma referência não apenas aos seus alunos - por ter se tornado uma influência significativa de dedicação ao trabalho, foi mais além, nosso mestre se tornou um balizador para todo o futsal do Rio Grande do Norte. ⚽ A história do CIC ainda não foi abordada no tocante ao desafio do professor Clóvis, silenciando sobre essa CONSEQUÊNCIA POSITIVA iniciada pelo futsal, tendo por resultante uma REFORMULAÇÃO administrativa que veio a desaguar também em outros esportes do nosso colégio. A ideia inicial - hoje - era relembrar apenas uma página do basquete do CIC, mas a nascente das águas de todas as reformulações tem por fonte cristalina os HERÓIS DO FUTSAL DE 1982. Quarenta e um anos depois, eis que chegou o momento de por fim a essa omissão histórica e enaltecer o âmago da boa consequência.
Professor Clóvis Gomes |
Há outra omissão nas páginas do esporte, mas resgatável pela memória, notadamente sobre o altruísmo do professor Clóvis Gomes. Convém recordar como foi o início do FUTSAL no Colégio Imaculada Conceição. Em 1981, ano inaugural do futsal do CIC nos JERN'S, não havia orçamento para a contratação de um professor da modalidade. Diante da recusa oficial, coube aos alunos a iniciativa de fazer um time e convencer seus pais a custearem o salário do professor pactuado para tal fim. ⚽ Clóvis já era professor de educação física do CIC, sendo contratado para um projeto piloto (e quase independente quanto ao grau de entrega e risco). Ele teve a carga horária ampliada, trabalhou muito, mas terminou por abrir mão da remuneração adicional a que tinha direito. O CIC fez um bom papel nos JERN'S de 1981, sendo desclassificado ao enfrentar o NURE de Currais Novos. Em 1982, para surpresa de todos, a revanche contra o mesmo time aconteceu justamente na finalíssima, tendo o CIC vencido por 3 a 1 o bom time do Seridó. Eu estava lá, tinha 11 (onze) anos e vi meu amigo Derocy Júnior LEVANTANDO A TAÇA do sub 18.
A formação do time do CIC em 1981 teve algumas particularidades. ⚽Inicialmente há que se diga que tínhamos uma boa disputa de futsal a nível de jogos internos, mas o colégio não tinha a sua equipe para disputar os JERN'S, eis assim uma contradição imensa em tal época.⚽ Há também algo que foi chamado de êxodo interno, ou seja, boa parte dos atletas do futsal (que vestiram a camisa do CIC nos JERN'S de 1981) iniciaram o ano letivo treinando basquete, mas mudaram de esporte após a efetiva ação dos alunos e seus pais ao montarem (e bancarem) um time de futsal para o Colégio Imaculada Conceição. ⚽Há mais outro fato relevante que foi realmente atípico, falo do horário para os treinos do futsal: literalmente após as aulas e SEM direito ao bendito ALMOÇO. Foi alegado que não havia outro horário disponível, só restando aos atletas o chamado "horário da fome". A turma se virava na cantina do CIC ou então invadia a Padaria Siam. ⚽ O Ginásio Esportivo Paula Francinete ganhou um apelido peculiar em razão dos treinos ao meio dia: "O FORNO DO CIC". 😅 kkkkk
Em 1982 marca o ano em que o professor Clóvis Gomes ficou com a sua carga horária totalmente dedicada ao futsal, não mais ministrando as aulas de educação física ao curso primário, fruto da aprovação do seu trabalho ao longo de 1981. Registre-se também que o futsal passou a treinar em horário mais adequado em 1982, mas os meninos do futsal não abandonaram a Padaria Siam e sempre chegavam por lá fazendo arte, barulho e muita resenha.
Recordar o Colégio Imaculada Conceição é revolver o baú das memórias, sendo oportuno a presente lembrança e a nossa modesta homenagem através destas letras. Seu bom trabalho foi traduzido na façanha de conseguir participar de quatro finais seguidas (1982 a 1985) , obtendo um significativo tricampeonato juvenil (82/83/84).
Há uma informação histórica para quem gosta de pesquisas e memórias esportivas, inclusive confirmada pelo professor Clóvis Gomes. ⚽ O fato é quem nenhuma escola conseguiu chegar em quatro finais seguidas no futsal, nem mesmo ganhar um tricampeonato. Isso deve-se ao número elevado de escolas com inscrições no futsal dos JERN'S, tornando a modalidade extremamente competitiva.
No próximo mês desejo relembrar o futsal do CIC, mais especificamente os anos de 1983 a 1985, inclusive sendo imperativo recordar os gols e a maestria do artilheiro Djavan Júnior. Prometo escrever tão logo que seja possível e postarei aqui tal matéria. Não joguei futsal no CIC, mas na qualidade de torcedor fiel e brasileiro que ama futebol, creio que foi natural acompanhar (e relembrar hoje) as conquistas imortais. Joguei basquete na época de escola, mas o futebol já nasce conosco ao chutarmos as barrigas de nossas mamães, eis uma ótima experiência para os bebês, mas talvez nem tanto para elas kkkk kkkk . ⚽ E quem não sonhou em ser um jogador de futebol ?
Hoje, 41 anos depois, parece que foi ontem a minha alegria em ver o CIC campeão do Rio Grande do Norte. O título de 1982 tem nascente no trabalho abnegado e gratuito de 1981. Após mais de quatro décadas, creio que nunca é tarde para agradecer o esmero do amigo e professor Clóvis Gomes, bem como dos valorosos atletas que se tornaram HERÓIS DO NOSSO COLÉGIO. ⚽Relembrar, logo neste início de 2023, é realmente especial.
Falar em chuva de gols e esquecer a nossa querida Neguinha, pode ? JAMAIS ! Quando a chuva de gols do CIC começava, já viu! Ela perdia a voz de uma vez por todas. ⚽⚽⚽⚽⚽⚽⚽⚽⚽⚽Antes, durante e após os jogos, de forma incansável, ela empurrava todo mundo para cantar. ESSA É UMA PEQUENA LEMBRANÇA, UMA MODESTA HOMENAGEM POR TUDO QUE NEGUINHA REPRESENTOU ao Colégio Imaculada Conceição. Por falar em chuva e também dos muitos gols, vamos concluir essa parte com o frevo "CHUVA, SUOR e CERVEJA", de autoria do Caetano Veloso: "Não se perca de mim", não se esqueca do CIC...querida Aldenize.
Vamos em frente! Temos mais outras memórias do Colégio Imaculada Conceição.
Após a euforia da primeira medalha de ouro no FUTSAL, tenho a convicção que a primeira reformulação impactante foi a contratação da professora Valéria Leiros, atleta da seleção universitária de basquete do Rio Grande do Norte. Ela assumiu 100% das equipes femininas do CIC, inclusive a escolinha. Bosco foi ousado e entregou também o mirim masculino ao seus cuidados (categoria até 13 anos). A EBM (Escolinha do Basquete Masculino) permaneceu com o professor Atilano, idem quanto ao infantil (sub 16) e o juvenil (sub 18).
Parte 2️⃣
Valéria desembarcou no CIC com o ímpeto de acadêmica e com o objetivo definido de fazer o nosso colégio campeão a médio prazo - e conseguiu. O ano do seu desembarque (1983) merece uma breve menção e analogia aos termos da parábola do semeador: " Aquele que semeia, saiu a semear..."
Faz do bom alvitre lembrar que a nossa professora ainda cursava a graduação na U.F.R.N. , acadêmica vivenciando o último ano do curso de Educação Física e - via de consequência - chegava com todo gás! Muitas cobranças aos atletas e incentivos das mais variadas formas. A nossa querida treinadora sempre foi uma motivadora incondicional. Lembro-me que ao desembarcar no CIC - com boas e novas ideias - foi injetando otimismo nos corações e mentes, bem como "sacudindo" seus alunos.
A professora Valéria Leiros e seu neto Guilherme (foto do ano 2022). |
Fui atleta de Valéria, integrei uma turma de garotos da equipe mirim (sub13) e a nossa relação foi de respeito mútuo. Não existiu indisciplina ao longo do ano de 1983, muito pelo contrário, minha geração teve comportamento exemplar, algo raro para uma turma de pré-adolescentes. A lista final (publicada em setembro) para o JERN'S/83(realizado em outubro) ainda tenho em mente: Leonardo, Betinho, Ricardo, Rodrigo, Paulo André, Cristian, Álvaro, Walter Júnior, Daniel e Cássio. 🏀 Valéria preferiu levar 10 atletas, mesmo o regulamento dos JERN'S permitindo inscrever até 12, optando por um número mais objetivo e qualificado.
A professora Valéria transpirou basquete, ou seja, seguia a verter suor pelos poros da pele em prol dos seus alunos, mais especificamente no ato de trabalhar muito para conseguir resultados em seu primeiro ano na docência esportiva do CIC. Nossos treinos eram segundas, quartas e sextas, já na semana de véspera (dos JERN'S/83) ela fez dois treinos extras: terça e quinta-feira, ambos pela manhã e antes das aulas, cujo objetivo era aperfeiçoar arremessos. 🏀 Valéria pediu pontualidade à todos para o treino iniciar às 6h30min, mas já adiantou que chegaria por volta das 6h10min. Eu dormi e acordei pensando neste treino, sendo o primeiro a chegar: 6h00min. Ansiedade? Não! Felicidade, sim! A dedicação da professora Valéria resultou em patente motivação ao grupo de atletas e isso foi fantástico!
Inegavelmente a professora Valéria Leiros foi marcante na trajetória de muitos alunos, mas - no início da caminhada - houve um pormenor que quase a impede de dizer sim ao convite para ser docente do CIC. Vamos agora até janeiro de 1983 para esclarecer o assunto. A Valéria ficou sabendo (através do seu amigo Clóvis Gomes) que tinha uma vaga para a disciplina de educação física, sendo assim, compareceu ao CIC e participou da semana pedagógica.📌📚📐📖📘 O horário proposto foi colidente com as aulas na UFRN, ou seja, teria que trancar disciplinas e adiar a conclusão do seu curso. Valéria optou em agradecer e explicar que não poderia, naquele momento, aceitar o convite. Já caminhando pela escada, indo embora, numa conversa a três (Bosco, Clóvis e Valéria) coube ao professor Clóvis lembrar de um detalhe que havia esquecido. Olha o que falou:
- Bosco, Valéria é também técnica de basquete. 🏀
Naquele momento havia uma decisão da alta cúpula do CIC, leia-se Madre Carmen Alves (diretora) e Bosco (coordenador), no sentido de entregar o basquete feminino ao desafio natural de um novo técnico. Por este pormenor, eis que o diálogo recomeçou entre as partes e o horário oferecido passou a ser compatível com as suas possibilidades. Os treinos do basquete foram designados para o finalzinho da tarde em diante, sendo razoável para todos.
Em 1983 tivemos assim dois presentes, ambos inesquecíveis! O primeiro foi Valéria ter dito sim ao CIC, já o segundo foi a nossa professora ter conseguido concluir a sua graduação na UFRN, recebendo assim o merecido diploma.
Convém lembrar que muitos foram os títulos conquistados no comando de Valéria, dentre eles o memorável JERN'S de 2001, época em que o CIC conquistou o 1° lugar em todas as categorias do basquete feminino: mirim, infantil e juvenil. O ano de 2004 foi ainda mais triunfante, além de VENCER MAIS UMA VEZ todas as categorias, ganhou também o 1° lugar nos Jerninhos (jogos escolares para crianças).
Parte 3️⃣
Em 1984 aconteceu mais um conjunto estrutural de reformulações no esporte do CIC: Genildo assume a responsabilidade de treinar 100% das equipes masculinas de basquete, inclusive a escolinha, deixando o vôlei ao cargo do professor Gilvan - recém contratado para tal desiderato. Valéria também entrou no plano de reformulações, foi mantida no basquete feminino, mas não permaneceu no cargo de técnica do mirim masculino (sub 13) para o ano de 1984 em diante. Ainda recordo a frase de Valéria - de coração um pouquinho apertado - ao dizer (pra mim) em novembro de 1983:
- Léo, o ano que vem não serei a sua treinadora.
Por ter nascido em 1971, ainda tive idade para jogar o ano de 1984 pelo mirim (sub 13).
Genildo passou a comandar o basquete do CIC em 1984. |
Esses relatos (com pormenores) são importantes para a compreensão dos fatos aqui narrados. Minha amizade com Valéria continuou e suas frases ainda estão bem guardadas em minha memória e no meu coração.
Acompanhei o trabalho de Valéria bem de perto, até mesmo com as equipes femininas, notadamente em razão de minha irmã - Maria Cristina - ser uma das atletas da equipe de basquete (até 1986 - ano de sua conclusão de curso/2• grau/ensino médio).
Ainda se faz necessário abordar mais um ponto de 1983. Fui árbitro de treinos e amistosos do CIC, sempre convidado pela professora Valéria Leiros. Procurei aprender com os árbitros mais experientes e assim conseguia ser convidado para apitar jogos além dos muros do nosso colégio - mesmo sendo muito novo. Minha vida de árbitro, ainda que efêmera, iniciou com a confiança de Valéria depositada em mim.
Eu era apenas um pré-adolescente com o apito em mãos, tinha 12 anos, mas com a serenidade de um adulto que não permitia entrar na guerra psicológica dos atletas. Arbitragem é sinônimo de pressão! Nunca entrei em debates gratuitos e por essa razoabilidade segui arbitrando. Muito bom poder registrar aqui – após tanto tempo – minha gratidão à professora Valéria pois apitar jogos me instigava ao desafio plural: atenção, disciplina, exercício de paciência e senso de observação.
Aconteceu quase o mesmo fato com o professor Genildo, em 1984, literalmente no momento em que me indicou para apitar um amistoso do basquete infantil (categoria até 16 anos). O jogo foi Marista versus CIC. Genildo falou para Jucivaldo Félix (técnico do Marista):
- Léo é novo, é meu atleta no mirim e capitão do time (CIC/sub 13). O menino tem pouca idade, mas fica tranquilo que ele tem maturidade para apitar este jogo.
Tudo correu bem. Após o jogo - de forma elegante - o técnico do Marista veio até mim e deu os parabéns, inclusive sugerindo que eu - assim que tivesse idade legal - fizesse o curso de árbitro para ingressar (de forma oficial) no quadro de árbitros da FNB (Federação Norte-rio-grandense de Basquete). Eu tinha, nesse dia, apenas 13 anos e essa alegria devo ao professor Genildo, querido mestre já de saudosa memória. Jucivaldo Felix também tem meu respeito, foi cordial, incentivador e some-se ainda ao fato que falou de cátedra pois foi um talentoso árbitro de âmbito nacional. O que o professor Jucivaldo não falou, mas todos nós devemos lembrar, é que continua a ser um técnico campeoníssimo.
Vale uma pequena digressão musical ao tema. Minha mãe, ciente deste diálogo, fez a seguinte observação: " - Léo, procure administrar seu relógio, sua agenda. Não é prudente sacrificar o tempo dedicado ao violino que você tanto gosta".
Mãe, é mãe! Sempre tem um bom conselho ao filho. Ela estava certíssima, eis a razão da minha caminhada não ter sido longa na arbitragem. Nessa época, de forma veemente, mamãe cobrava a boa gestão do tempo, visto que eu estudava no CIC, bem como na EMUFRN - Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Parte ️4️⃣
Dentre os jogos que apitei, qual o mais marcante? Recordo vários, mas quero - hoje - relembrar um bem especial que envolve uma querida amiga e ex-atleta do CIC.
Onde quero chegar? SIMPLES...CHEGAR ATÉ ENÉLY e dizer que posso fechar meus olhos e recordar a empolgação da professora Valéria Leiros diante do basquete de Enély: dedicação, evolução, desafio, obstinação etc. Valéria viu tudo isso em Enély, aliás, todos nós!
Enély Fabiani (foto de 2022). Concluiu o ensino médio no CIC/PRÉ 1987. |
Tenho plena recordação que - dentre vários amistosos que apitei - um deles é bem especial pelo contexto da felicidade de pessoas queridas, notadamente o semblante emocionado da professora Valéria diante de uma cena em nossa quadra principal (nominado oficialmente de Ginásio Esportivo Paula Francinete).
A cena foi a seguinte: Enély subiu para arremessar e sofreu falta, portanto - como manda a regra, marquei imediatamente a infração e assinalei lances livres. 🏀Para quem não sabe o que significa, trata-se de algo equivalente ao pênalti no futebol.
A falta foi clara! Enély, mesmo marcada, tentou desvencilhar-se com inteligência e arremessou. 🏀Valeu a ousadia de tentar sair da marcação e arremessar no momento propício. Seu empenho rendeu aplausos do seu time e da empolgadíssima professora Valéria Leiros. O que falou?
- " Essa menina joga! Essa menina joga!"
Enély foi ousada no melhor sentido da palavra.
Eu, em quadra, vendo tudo e me contendo... Um árbitro não pode vibrar com as cenas, apenas fazer a direção imparcial do jogo e impor as regras. Apitei a partida e - via de consequência - não a parabenizei (ao longo do jogo). Olha que ela fez por merecer meus aplausos, e como!
Sempre fui fã incondicional da minha querida amiga Enély Fabiani. Nutro admiração tal qual a externada por Valéria, inclusive os mesmíssimos adjetivos.
Lá se vão os anos...
Fecho os olhos e abre-se a cena do jogo em mente.
O CIC está na memória que insiste em folhear os bons momentos vividos ali.
Que bom recordar...
Em novembro de 2022 voltei ao CIC, participei da missa matinal e depois fui ao pátio central (da cantina). Caminhei, olhei e sorri sozinho em uma viagem interior aprazível e contemplativa. Ressalto que não fui dominado pela melancolia da saudade, mas sim agraciado pelas boas lembranças da tenra idade.
Uma imagem que vale mais que mil palavras. Boas lembranças das resenhas no recreio. Foto batida por mim em novembro de 2022. |
Parte ️5 / FINAL
Abraços, querida Enely. Um beijo no seu coração e feliz aniversário. Levei falta em sua festa natalícia, mas segue o texto com o carinho de sempre e um forte abraço do seu velho amigo.
Ao professor Clóvis Gomes, por sua vanguarda, ousadia e abnegação, os mais nobres aplausos. A comunidade dos ex-alunos, especialmente os amigos do esporte, guardam a certeza perpétua de um ciclo memorável que foi escrito com as letras das conquistas e a marca indelével da superação.
Ao mestre pernambucano Genildo Correa, de saudosa memória, minha eterna gratidão, notadamente pelas boas lembranças de um professor que traduziu a figura paterna de valor inestimável. Este espaço denota-se pequeno para relatar sua vasta e brilhante trajetória esportiva, sendo mais propícia a ser descrita em livro biográfico.
Aos ensinamentos da professora Valéria, navego na certeza da sua valorosa colaboração em dar subsídios consistentes em prol da caminhada cotidiana, principalmente para vencer os degraus iniciais da minha vida esportiva. Em cada patamar de nossa existência, seja no meio profissional ou familiar, o CIC está presente nos ensinamentos assimilados. Cada passo na idade adulta, cada reflexão, uma lembrança de um professor, dos amigos, das aulas e da pedagogia para a vida.
Ao Colégio Imaculada Conceição, alunos, professores, funcionários, irmãs e demais integrantes, faltam-me palavras para traduzir a imensa gratidão pelos momentos ali vividos. TENHO A CERTEZA QUE FIZ AMIGOS PARA A VIDA TODA e PEÇO A DEUS QUE ILUMINE a todos com seu imenso amor celestial, permitindo o REENCONTRO PARA ABRAÇOS FRATERNOS, BOAS MÚSICAS e SORRISOS SAUDOSOS ao compasso das RESENHAS FELIZES.
Tenho a reiterada convicção que o CIC PERMANECE BEM VIVO e não encontro uma frase-síntese capaz de traduzir a enormidade da minha gratidão. Eis o lugar de boas lembranças em cada quadro, nas quadras, salas e demais recintos de um lugar que tem o MANTO ESPIRITUAL DA ETERNIDADE.
É hora de colocar um ponto final no texto. As palavras estão postas, a emoção incontida e as recordações permeiam na voz do meu silêncio ao filme que retrata um ciclo imortal. Em laços conclusivos, reafirmo que as imagens ainda são claras e as páginas da vida seguem intactas nos livros mentais do CIC, guardados em cada recinto de lembranças do nosso querido colégio.📝📐 São bons capítulos nos livros da minha memória, são folhas de saudades, páginas de alegrias e versos de felicidades aos quatro cantos do nosso inesquecível Colégio Imaculada Conceição.
Texto de autoria do ex-aluno Leonardo Guerra Maranhão / PRÉ 1987.
Fotografia (do autor deste texto) no pátio da Capela do CIC em 1982. |
Foto da Capela do CIC com uma boa visualização do pátio. Essa foto está no facebook ( página dos ex-alunos do CIC ). |
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