quinta-feira, 26 de junho de 2014

Locutor argentino diz que Neymar não amarra a chuteira de Messi.







FOTO = REPRODUÇÃO

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O locutor argentino Alejandro Fantino, um dos mais famosos do rádio e TV local, se empolgou tanto na narração dos dois gols do Messi que chegou a gritar que Neymar “não amarra a chuteira” do atacante portenho na comparação entre os dois.


Neymar no te atas ni los cordones de Lionel [Neymar não amarra nem as chuteiras de Lionel Messi]“, bradou Fantino após o primeiro gol de Messi na vitória sobre a Nigéria por 3 a 2.

No segundo gol de Messi, Fantino se empolgou ainda mais: “Escucha Pelé, escucha Pelé: o mais grande do mundo. Escucha Neymar, escucha Neymar, atas los cordones de Messi. Argentina 2, Nigeria 1. Lionel Messi. [Escuta Pelé, escuta Pelé: o maior do mundo. Escuta Neymar, escuta Neymar, amarre as chuteiras de Messi. Argentina 2, Nigeria 1. Lionel Messi".

Messi marcou até agora quatro gols nesta Copa e, além de estar empatado com Neymar na artilharia da competição, foi o segundo jogador a marcar em todos os jogos que disputou até aqui - igualando o colombiano James Rodriguez. Ele é o líder da Argentina que tem 100% na primeira fase do Mundial.

Um dos duelos mais aguardados desta Copa entre Messi e Neymar só poderá acontecer na final, já que Brasil e Argentina terminaram em primeiro lugar nos seus respectivos grupos (F e A) e estão de lados diferentes da chave eliminatória do Mundial.


Confira como foi a narração do primeiro gol de Messi:.
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Confira ( abaixo) como foi a narração 
do segundo gol de Messi:
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FONTE : Renan Prates


segunda-feira, 23 de junho de 2014

CLASSIFICAÇÃO Copa 2014 .... O que cada seleção precisa fazer para avançar na Copa do Mundo

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VOCÊ está fazendo as contas do que cada seleção precisa fazer na última rodada para se classificar para a segunda fase? Pois é, pensamos nisso e resolvemos mostrar os cenários para os que ainda têm chances de seguir na competição. Confira abaixo, grupo por grupo:
Grupo A
Brasil – Uma simples vitória ou empate contra Camarões garante a classificação e a primeira colocação do grupo. Em caso de derrota para os Leões Indomáveis, os brasileiros precisam torcer para uma vitória mexicana ante a Croácia e se contentar com a segunda colocação do grupo. Em caso de vitória croata, o Brasil também avança.
México – Uma simples vitória ou empate contra a Croácia garante os mexicanos nas oitavas de final. Para garantir a liderança do grupo, precisam torcer para um empate na partida do Brasil contra Camarões. Uma derrota para os croatas acaba com o sonho mexicano.
Croácia – Uma vitória contra o México. Em caso de empate, os croatas precisam torcer para uma derrota brasileira. Para ficar com a ponta do grupo, um empate canarinho já é suficiente.
Camarões – Está eliminado da Copa do Mundo.


Grupo B
Holanda – Os holandeses precisam de um empate contra o Chile para garantir a ponta do grupo. No mais, já estão classificados para a segunda fase.
Chile –Os chilenos precisam vencer a Holanda para garantir a primeira posição do grupo e já estão classificados para a segunda fase.
Austrália – Está eliminada da Copa do Mundo
Espanha – Está eliminada da Copa do Mundo.



Grupo C
Colômbia – Está classificada e só perde a ponta do grupo se for goleada pelo Japão e Costa do Marfim vencer sua partida.
Costa do Marfim  - Um empate ou uma vitória diante dos gregos e está nas oitavas de final. Para ficar com a primeira posição da chave C, necessita golear a Grécia e torcer por uma derrota da Colômbia.
Japão  - Precisa vencer a Colômbia e torcer por um empate ou derrota da Costa do Marfim diante da Grécia. Já não é possível que os japoneses fiquem com a primeira posição do Grupo C.
Grécia – Precisa vencer a Costa do Marfim e torcer por uma vitória ou empate da Colômbia diante do Japão. Em caso de vitória do Japão, os gregos precisam garantir os três pontos e tirar a diferença no saldo de gol (-3 a -1).
 
Grupo D
Costa Rica – A surpresa da Copa do Mundo está classificada para a próxima fase. Para ficar com a primeira posição do grupo precisa vencer ou empatar com a Inglaterra
Italy – Precisa vencer ou empatar contra o Uruguai para garantir a classificação. Para ficar com a ponta do grupo, necessita dos três pontos e de uma derrota da Costa Rica.
Uruguai – É matar ou morrer contra a Itália. Os uruguaios precisam dos três pontos contra os italianos. Para ficar com a primeira posição do grupo, a Costa Rica tem de perder e a Celeste tirar a desvantagem de 4 gols no saldo.
Inglaterra – Está eliminada da Copa do Mundo.



Grupo E
França – Está 99% classificada. Vitória, empate ou derrota levam os franceses para a próxima fase como primeiros do grupo. Só estará desclassificada se for goleada pelo Equador e aSuíça atropelar Honduras.
Equador – Caso os equatorianos tenham o mesmo resultado da Suíça, eles estarão classificados. Uma vitória garante a vaga desde que a Suíça não atropele Honduras. Em caso de empate ou derrota, somente um tropeço dos europeus diante dos hondurenhos garante a vaga nas oitavas.
Suíça – Precisa vencer e torcer para que os equatorianos não repitam o mesmo resultado. Em caso de empate, terá de torcer para uma derrota dos sul-americanos para continuar viajando pelo Brasil.
Honduras – Os hondurenhos ainda não estão eliminados. Em caso de vitória contra a Suíça e derrota do Equador contra França, a equipe da América Central fica com a segunda vaga do grupo.



Grupo F
Argentina – Está classificada. Garante a primeira posição do grupo vencendo ou empatando com a Nigéria.
Nigéria – Em caso de vitória ou empate com a Argentina, os nigerianos estão nas oitavas de final. Caso sejam derrotados, precisam torcer para que os iranianos não vençam sua partida contra a Bósnia ou decidirão tudo no saldo de gols.
Irã – Precisa vencer a Bósnia e torcer para uma derrota da Nigéria diante da Argentina. Em caso de empate dos africanos, o Irã precisa tirar a diferença no saldo de gol que está em +1 a -1.
Bósnia – Está eliminada da Copa do Mundo.



Grupo G
Alemanha – Para garantir a primeira posição do grupo, pode empatar com os Estados Unidos.
Estados Unidos – Se quiser ficar com o primeiro posto, precisa ganhar por três gols de vantagem da Alemanha.
Gana – Precisa vencer Portugal por dois gols de vantagem e torcer por uma vitória alemã sobre os Estados Unidos se não quiser ficar de fora da Copa.
Portugal – Estará eliminado se não vencer Gana por pelo menos três gols e ainda torcer por uma vitória da Alemanha sobre os Estados Unidos. Uma goleada alemã serve para diminuir a dificuldade da missão.




Grupo H
Bélgica – Está classificada. Se quiser manter o primeiro lugar, basta empatar com a Coreia do Sul.
Coreia do Sul – Precisa vencer a Bélgica por mais de três gols de vantagem e ainda torcer para que Rússia e Argélia empatem, para se classificar.
Rússia – Precisa vencer a Argélia por mais de dois gols de vantagem e torcer para que a Coreia não vença a Bélgica, para se classificar.
Argélia –Uma vitória diante da Rússia, por qualquer placar, significa a classificação para a segunda fase

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Qual é o problema de Pepe? Este texto nem sequer é sobre o Pepe. É sobre o “não és de cá” implícito com que tratamos quem chega de fora .

Pepe e Muller - Portugal x Alemanha (Foto: Getty Images)Pepe vocifera e tenta intimidar Thomas Müller, que não lembra direito do lance (Foto: Getty Images)

Qual é o problema de Pepe?


Este texto nem sequer é sobre o Pepe. É sobre o “não és de cá” implícito com que tratamos quem chega de fora, mesmo que já tenha chegado há tantos anos que não conheça outra casa se não esta.

Texto de Nuno Andrade Ferreira

O problema de Pepe é que não nasceu nos PALOP. O azar do jogador é que, quando fala, o que lhe sai é aquele português musical (antes abrisse as vogais). O que calha mal ao internacional é não ser filho do “grande império”.

Teve Pepe a aparente pouca sorte de ter procurado melhor sorte em Portugal, ter insistido, conseguido e ficado. De ter, por vontade própria, pedido a nacionalidade do país que escolheu como casa. Mas aquilo de que Pepe se pode queixar, acima de todas as coisas, é de ser Brasileiro. É de não corresponder ao aceitável padrão lusitano, de não encaixar no ideal de português aceitável que, como se sabe, deve de ter nascido entre Bragança e Ressano Garcia.

Tolerar a portugalidade de Pepe — de Deco, do Liedson, do Jair, que trabalha na Caparica, e da Heloísa, que vive na Amadora — implica que se mantenha fino, que não levante a crista e que, de preferência, evite abrir a boca. Desculpávamos-lhe tudo, até o mau feito, mas só se não fosse de Maceió. Porque é que nunca ninguém questiona o amor à pátria dos internacionais nascidos nas antigas colónias? Talvez seja porque, para alguns portugueses (espero que cada vez menos), “África é nossa”. É este síndrome pós-colonial que nos faz aceitar o Rolando e o Nani, mas repudiar todos os outros que, nas mesmas condições, tentaram por cá a sua sorte.

O acto de Pepe, no jogo contra a Alemanha, foi inaceitável. Um comportamento inadmissível, que nos deve envergonhar, e que só pode ser punido. Agora, o que aquela cabeçada não justifica é a abertura da caixa de pandora do racismo e da xenofobia. Ainda há por aí muito preconceito reprimido. O mesmo complexo com que olhamos para o Quaresma (não fosses tu cigano, rapaz, e ias ver como tinhas a vida muito mais facilitada!) ou que usamos para definir todas as brasileiras como… vocês sabem.

Este texto nem sequer é sobre o Pepe. É sobre o “não és de cá” implícito com que tratamos quem chega de fora, mesmo que já tenha chegado há tantos anos que não conheça outra casa se não esta.

Acreditem-me, que sei do que falo. Viver no estrangeiro, dedicarmo-nos a quem nos acolheu, sentirmos orgulho nas cores da bandeira, admirarmos as gentes e costumes, fazer parte de tudo isso, é um acto de amor. Como é que um país que tem uma diáspora tão grande — e a aumentar — pode passar a vida a questionar o sentir de quem quis — o poder da escolha! — fazer parte deste lugar em crise?

FONTE :
http://p3.publico.pt/actualidade/desporto/12596/qual-e-o-problema-de-pepe
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FOTO : autor desconhecido .

sábado, 14 de junho de 2014

O xeique do KUWIT que anulou um gol da FRANÇA na Copa do Mundo de 1982

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Tudo corria conforme o esperado na partida entre França e Kuwait, válida pela fase de grupos da Copa do Mundo de 1982, na Espanha. A seleção francesa vencia com folga, quando aos 32 minutos do segundo tempo, Alain Giresse marcou o quarto gol dos azuis. Imediatamente, todos os jogadores do Kuwait cercaram a arbitragem. Eles argumentavam que  tinham escutado Miroslav Stupar, árbitro da contenda, apitar alguma irregularidade no lance, o que fez que deixassem de prosseguir na jogada; o gol francês, portanto, devia ser anulado.

O que seria totalmente corriqueiro, transformou-se em algo único e inusitado. Dos camarotes do estádio José Zorrila, em Valladolid, um homem trajando vestes árabes e turbante vermelho, acena indignado, ordenando que os atletas do Kuwait abandonem o gramado. Após vários minutos de total incerteza, sem encontrar resistência da polícia espanhola, o sujeito aparece no campo, acompanhado por vários guarda-costas. Ele é o xeique Fahid Al Ahmad Al Sabah, irmão do emir do Kuwait. O atônitos torcedores e a equipe francesa, tranquilizada pelo placar, assistem a insólita cena. Depois de conversar com o árbitro, o xeique novamente ameaça retirar seus jogadores de campo, caso o gol não fosse anulado.

fahdal-ahmad
A confusão dura vários minutos, até que o árbitro toma uma decisão surpreendente. Ele anula o gol, mesmo não tendo apitado nada no lance que originou a revolta árabe. Seja lá o que for que Fahid Al Ahmad Al Sabah tenha dito ao russo, as palavras surtiram o efeito desejado.



O zagueiro Bossis ainda marcaria mais um gol, decretando a vitória francesa por 4 x 1. O jogo, porém, já estava eternizado. Com um empate e duas derrotas, o Kuwait do técnico Carlos Alberto Parreira voltou para casa sem brilhar, mas protagonizando um dos episódios mais folclóricos na história das Copas do Mundo. Contudo, a FIFA não achou graça nenhuma e penalizou duramente o árbitro Miroslav Stupar. Ele nunca mais apitou uma partida de futebol. 
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FONTE : o texto é do site kid-bentinho.blogspot.com.br

Chile 3 x 1 Austrália TODOS OS GOLS Copa do Mundo World Cup

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MÉXICO 1 x 0 CAMARÕES.

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VÍDEO dos GOLS ANULADOS do MÉXICO .............. Copa do Mundo 2014 World Cup

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VÍDEO dos gols : Holanda 5 x 1 Espanha

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sexta-feira, 13 de junho de 2014

Fabi anuncia aposentadoria da seleção brasileira de vôlei .

Fabi vôlei CT de SaquaremaFabi nos treinos no CT de Saquarema (Foto: CBV)

RIO - Um dos grandes nomes da história do voleibol brasileiro decidiu se aposentar da seleção brasileira feminina de vôlei. Nesta sexta-feira (13.06), aos 34 anos, a líbero bicampeã olímpica Fabi anunciou que não defenderá mais a equipe verde e amarela. A jogadora continuará atuando pela Unilever (RJ) e se dedicará a projetos pessoais, finalizando uma das mais extensas e vitoriosas carreiras do voleibol com a camisa da seleção brasileira. Em mais de 12 anos de atuação nas competições pela equipe, Fabi disputou 313 jogos e venceu 275 partidas.


FONTE : O GLOBO .

      imagem ; Luiz Pires/VipComm

Hino à Santo Antonio na VOZ de MÁRIA BETÂNEA

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Santo Antônio na VOZ de IVETE SANGALO .

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Antonio Carlos & Jocafi - Glorioso Santo Antonio

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quarta-feira, 11 de junho de 2014

Desconfiado, atrapalhado e gozador: causos do Felipão que você não conhece .



Paulo Passos
Do UOL, em São Paulo


Antes de comandar a seleção brasileira pela segunda
vez, Luiz Felipe Scolari rodou o mundo como técnico. 
Portugal, Kuwait, Japão, Emirados Árabes e Uzbequistão 
foram alguns do destinos do gaúcho de Passo Fundo. 
Nas andanças, acumulou títulos, dinheiro e boas histórias
, que costuma dividir com os amigos. Algumas delas 
foram relatadas por eles ao UOL Esporte. Causos que 
revelam um pouco da personalidade do homem 
que terá a missão de comandar o Brasil na 
busca do hexacampeonato mundial.

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PARTE I 
O gozador pragmático
Cesar Greco / Fotoarena
Inseparáveis Felipão e Murtosa, seu auxiliar técnico, já eram em 1990, antes dos títulos que deram fama ao treinador da seleção. Neste ano, porém, a dupla quase de desfez.
Após completar a primeira temporada no Kuwait, o braço direito de Scolari já não agüentava mais a vida longe do Brasil. Reclamava do calor, das limitações impostas no país de maioria muçulmana, da saudade da família. Um dia se queixou tanto ao colega e amigo que decidiu: "não dá, vou embora!"

Felipão tentou convecê-lo a ficar, cumprir o contrato de mais um ano e depois voltar. Sem sucesso na conversa, fingiu que aceitou. No melhor estilo "Don Corleone", o gaúcho descendente de italianos bolou uma proposta que o amigo não teria como recusar.

"Matuto que é ele sabia o que faria Murtosa mudar de ideia", conta João Garcia, jornalista amigo da dupla. "Foi para o seu quarto sozinho e esparramou os dólares que eles receberam no primeiro ano e estavam guardando na colcha da sua cama e o chamou para uma despedida".     
Quando o auxiliar entrou no quarto e olhou para o dinheiro, Felipão perguntou: "E ai, vai voltar ou vamos fazer outra colcha dessas?"

Murtosa só deixou o Kuwait um ano depois, após a dupla cumprir o contrato até o fim.

PARTE II
O vizinho atrapalhado no Japão
FLAVIO FLORIDO / UOL
Manda a tradição em Iwata, no Japão, que o novo morador deve visitar seus novos vizinhos e apresentar-se. Como o novato era Luiz Felipe Scolari, recém-contratado como técnico do Júbilo, maior time da cidade, a ordem se inverteu e o técnico não precisou bater de porta em porta para dizer quem era. Os vizinhos organizaram uma pequena festa para ele.
De uma coisa, porém, Felipão não poderia escapar. Teria que falar algo para os seus novos vizinhos.

"Ele tinha recém chegado e sabia quase nada de japonês. Eu tentei orientar algumas coisas", lembra Shiro Kawauchi, que trabalhava como tradutor no clube.

Algumas palavras básicas foram ensaiadas e o cumprimento tradicional, com os braços colados nas pernas e o movimento de curvar-se em frente ao outro, treinado.
Na hora do brinde, veio a brecha para Scolari falar. Com uma taça na mão, mas nada na cabeça o técnico olhou para o seu "salvador". Tudo o que tinha sido combinado com Shiro virou um branco. Era hora de improvisar. Felipão, então, ergueu a taça e disse: tintin!

Tudo perfeito, não fosse uma coisa: o som "tintin" em japonês é o modo coloquial para dizer pênis.

"Foi um constrangimento geral", conta rindo o tradutor. "O japonês não está acostumado a rir de situações com piadas maliciosas. Mas eu expliquei o que era em português, disse que ele pediu desculpas e ficou tudo bem".
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PARTE III
O bom motivador também erra
2014. EFE/Marcelo Sayão

Em 1989, Felipão completava o primeiro ano como técnico do Qadsia, do Kuwait, com a chance de ganhar um título. Antes da final da Copa do Emir, preparou uma palestra para os jogadores e não teve dúvida sobre a temática que usaria para motivar os atletas: Guerra!
"Na conversa, dei um enfoque de que aquilo, o jogo, era uma batalha, uma verdadeira guerra. Disse que tinham que ir para morrer, se fosse preciso", lembra Felipão. "Mas enquanto eu falava, comecei a notar que a reação não era muito boa. Vi alguns brabos, outros tristes. Até que o capitão, levantou o braço e pediu para falar comigo em particular".
Sem entender, aceitou e deixou a sala com o jogador, que não escondia a irritação. A sós com o técnico, o capitão do time deu uma verdadeira bronca.

"Ele explicou que todos ali tinham passado por uma guerra e até perdido pessoas próximas", conta Felipão.

"Disse que eu deveria mudar aquilo e que tinha que pedir desculpas", completa. O técnico admite que não quis voltar atrás na hora, mas cedeu. "Fui lá e pedi desculpas. Todo mundo se abraçou, vencemos o jogo e o título. Mas quase que eu estraguei tudo", lembra. 
PARTE IV
Antes de tudo um desconfiado
Wander Roberto/VIPCOMM
Quando chegou a Portugal, Felipão logo se assustou com o que viu na primeira janta dos jogadores da seleção. Eles bebiam vinho. Sim, uma só taça era o que lhe diziam os funcionários da federação. Mas quem disse que o desconfiado gaúcho de Passo Fundo acreditava naquilo?

"Eu olhei e pensei: isso não vai dar certo! Mas o presidente me disse que era assim, que eles tomava um cálice e paravam. Eu com cabeça daqui do Brasil, tinha certeza que não ia dar certo", lembra.

Na janta, na frente de todos, Felipão viu que cada um bebeu, no máximo, uma taça. Não era o suficiente para ele dormir tranquilo.
"Fiquei desconfiado", admite.

A solução foi fazer uma visita surpresa nos quartos de alguns jogadores que Felipão classificava como mais "arriscados". Ninguém estava bebendo. O técnico jura que o vinho nunca foi um problema durante sua passagem em Portugal. 

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PARTE V
Cabeça-dura, mas nem tanto
FLAVIO FLORIDO/UOL
Faltavam menos de quatro semanas para o Grêmio embarcar para o Japão e disputar a sua partida mais importante no ano, a final da Copa Intercontinental, contra o Ajax. Felipão já era um ídolo no clube por ter vencido a Libertadores da América meses antes em 1995, mas não estava satisfeito. Mais do que isso, ele estava "p... da vida" com o desempenho do time, que patinava no Campeonato Brasileiro, lembra o então vice-presidente de futebol do clube, Luiz Carlos Silveira Martins.
"Depois de uma derrota para a Portuguesa, em Capecó, ele chutou o balde. Me chamou e disse: Cacalo, estou fora! Não vou nem voltar com vocês para Porto Alegre", conta o cartola. "Tentei demover ele da ideia, disse que ele estava louco, que íamos jogar o Mundial, mas nada o fazia mudar de ideia. Pedi só para ele voltar com a gente e conversariamos em Porto Alegre".

Ao embarcar no avião, Cacalo foi abordado pelo comandante do voo, que disse ser gremista e fã de Felipão. Após a decolagem, o dirigente levou o técnico à cabine e o apresentou ao piloto.

"Sai, deixei os dois lá. Ele se distraiu, ouviu um torcedor, viu que aquilo de pedir demissão não fazia sentido. Já quanto descemos no aeroporto, ele já tinha desistido e nem tocamos mais no assunto".

FONTE :  Paulo Passos UOL