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De Vitor Birner
O Barcelona criou um sistema de jogo que lhe permite sempre ficar mais com a bola que seu adversário.
Isso acontece tanto nas derrotas quanto nas vitórias.
A semifinal da Uefa Champions League serve de exemplo.
O time catalão perdeu do Bayern por 4×0 em Munique e 3×0 no Camp Nou.
Na Alemanha, apesar de sofrer uma goleada, ficou 63% do tempo com a redonda contra 37% dos bávaros.
Na Catalunha, permaneceu 57% do tempo com a bola contra 43% do algoz no torneio.
Quando uma equipe tem a bola, ela obviamente não sofre gols e pode criar as chances de fazê-los.
Eis as duas principais vantagens proporcionadas por tal situação.
O único atleta barcelonista competente nos dribles é Messi.
O argentino jogou a primeira partida mesmo machucado e, sem condições físicas ideais, ficou no banco na outra.
Sem ele, a posse de bola foi inútil, pois o sistema defensivo do Bayern não deu brechas.
O Barça sentiu falta do lance individual, de alguém capaz de driblar em direção ao gol ou fazer a tabela para confundir os alemães.
Neymar possui tais características, além de se movimentar bastante.
Tem exatamente aquilo que o Barcelona necessita.
A presença de alguém com esta virtude tende a dificultar a vida das defesas adversárias, pois elas vão precisar de cuidado especial com os passes de Xavi e Iniesta, genialidade de Messi e também com o brasileiro que sabe driblar, tocar, se movimentar e gosta de futebol ofensivo.
Neymar tem o estilo ideal para o time catalão.
Pode ser o quarto protagonista da equipe que conta com três, além de vários coadjuvantes de alto nível.
Resta saber quando Neymar irá reencontrar seu melhor futebol.
Ou seja, o ex-santista tem tudo para fazer sucesso no seu novo clube.
A forma como ele atua se encaixa como uma luva no estilo barcelonista de jogar futebol.
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