O Atlético-MG ainda não recebeu o dinheiro da venda do meia-atacante Bernard para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, cerca de R$ 77 milhões. O valor foi bloqueado por conta de dívidas com a Fazenda Nacional. A cúpula do clube tem feito tudo para conseguir receber os valores pagos pelos ucranianos, mas ainda não conseguiu. O presidente Alexandre Kalil explica que a situação é semelhante a de outros times do Brasil, e esclarece o que tem feito.
"Queria esclarecer para todo mundo que essa é a situação de todos os clubes que venderam para o exterior. O Governo Federal tomou a iniciativa de bloquear o dinheiro. Está o Atlético-MG, o Corinthians, o Fluminense. Fomos muito bem recebidos pela Procuradoria Geral da Fazenda, conversamos com a doutora Adriana e dissemos que estamos dispostos a fazer negociação. É bom que todos saibam", explicou.
Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG
A ideia de Kalil não é obter perdão da dívida do clube, mas sem dar alguns bens como garantia de pagamento para liberar o dinheiro de Bernard. Ele lembrou que o Governo Federal já concedeu isenção de impostos para o setor industrial, mas se nega a ajudar os clubes de futebol.
"Nós não queremos o que o setor de automóveis teve ou a linha branca teve, que foi a isenção de impostos. Esperamos que o Governo Federal tenha sensibilidade de aceitar uma proposta. Só em meu mandato tiramos 180 títulos dos cartórios e pagamos R$ 45 milhões de causas trabalhistas. Aqui estamos fazendo coisa séria. Esperamos que venha uma coisa séria. Anistia é o que não existe. O que se fala de anistia é maldade ou falta de informação. Estamos tentando fazer garantias e ter o dinheiro da venda do Brasil, que não está no Brasil", declarou.
FONTE : Ig com Gazeta
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