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Familiares e ex-companheiros fazem últimas homenagens a Lulinha.
Familiares, amigos, ex-atletas e dirigentes. Todos reunidos para se despedir de Lulinha, ex-goleiro com passagens por Fortaleza, Ceará dentre outros clubes nos anos 1970 e 1980, que faleceu na noite do último domingo (27) aos 64 anos em Fortaleza, à espera de um transplante de pulmão. O corpo do ex-atleta foi velado na manhã desta segunda-feira e será cremado durante a tarde no Cemitério Jardim Metropolitano, na capital cearense.
Há dois anos, o ex-goleiro foi diagnosticado com uma fibrose intersticial pulmonar – doença que, gradualmente, substitui o tecido pulmonar por uma espécie fibrose cicatricial. A doença comprometia a capacidade dos pulmões de funcionarem e só um transplante poderia resolver.
Filha de Lulinha, a jornalista Kézya Diniz relembra da importância do pai para a história do futebol no Ceará.
- O futebol cearense perde um grande craque e nós, da família, perdemos o nosso maior ídolo – afirmou.
Também estava presente no velório, Sérgio Redes, ex-meia que atuou com Lulinha no Fortaleza nos anos 1970, sendo campeão cearense pelo Tricolor ao lado dele em 1973.
- Conheci o Lulinha quando ele jogava no Calouros do Ar e o Fortaleza foi fazer um amistoso contra eles. Ele fechou o gol e falamos que aquele goleiro tinha que ser contratado. O Lulinha era extraordinário. E quem costumava falar isso era o Castilho (ex-goleiro do Fluminense e Seleção Brasileira e treinador do Fortaleza na década e 1970). Fizemos uma ótima amizade, pois ele era uma figura amiga, uma pessoa ótima. Uma história curiosa dele é que ele era um dos poucos jogadores que tinha um carro Volkswagen e todo dia ele limpava aquele carro que estava sempre brilhando – relembrou Sérgio.
Outro que jogo ao lado de Lulinha foi Alves, volante do Ceará. Os dois conquistaram o Campeonato Cearense de 1981 pelo clube de Porangabuçu.
- Lulinha era um autêntico profissional, muito dedicado nos treinamentos. Com eu era muito jovem quando cheguei ao Ceará, tinha apenas 18 anos, ele sempre me orientava muito. Era um ser humano fantástico e criamos uma amizade muito boa. Na minha geração, só vi dois goleiros de alto nível: Lulinha e Salvino (também ex-goleiro do Fortaleza) – definiu o ex-atleta.
Alves contou ainda que após uma partida do Ceará contra o Guarani-SP pelo Campeonato Brasileiro de 1982, em que o alvinegro foi goleado por 8 a 1, o médio volante foi perguntado por um repórter de rádio o motivo daquela derrota.
- Deveríamos ter perdido de 20 a 1. só não perdemos de tanto por causa do nosso goleiro – respondeu à época.
Além de ex-companheiros de campo, dirigentes também estavam presentes para prestar as últimas homenagens à Lulinha. Evandro Leitão, presidente do Ceará, classificou o ex-goleiro como um dos maiores da história alvinegra.
- O Lulinha foi um dos remanescentes de uma fase áurea do Ceará. Honrou de maneira brilhante as cores alvinegras assim como as do Fortaleza. Homem íntegro e de grande caráter. Felizmente tive a oportunidade de conhecê-lo assim como sua família nesses últimos meses. Perdemos um grande ídolo do passado e um grande homem do presente – disse Evandro. O Ceará ofereceu ajuda à família de Lulinha nos últimos momentos de sua vida.
Conselheiro do Fortaleza, o vereador Leonelzinho Alencar também prestou homenagens à Lulinha, ressaltando que ídolos como ele não podem ser esquecidos.
- O Lulinha vestiu as camisas de Fortaleza e Ceará e sempre teve as portas abertas por onde passou. Foi um dos maiores da história. Infelizmente, grandes profissionais como ele estão nos deixando sem o merecido reconhecimento. Temos que agradecer à ele e homenagear os grandes ídolos, de preferência quando ainda estiverem vivos – disse Leonelzinho.
Fonte: Globo Esporte
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