quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Adriano: Especialistas alertam para desinteresse no futebol .

 

adriano-imperadorRio - Em vários momentos Adriano declarou que era feliz na favela e continuaria frequentando. Até aí nenhum problema, já que nasceu e foi criado na Vila Cruzeiro. Só que o prazer vira problema quando o atacante falta a treinos para ficar onde gosta, como aconteceu quando ficou na comunidade da Penha o dia todo, e neste fim de semana, ao faltar novamente para passar boa parte do dia na favela do Chapadão, em Costa Barros.

Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Adriano mantém vínculos com a comunidade, atesta especialista | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
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Para especialistas ouvidos pelo MARCA BRASIL, o fato de Adriano frequentar favelas é compreensível porque remete à infância. Além de Vila Cruzeiro, o Imperador já foi visto em outras comunidades, como a do Capão Redondo, em São Paulo, quando jogava pelo Corinthians.

“A favela tem vínculos amorosos e aspectos culturais que fazem com que a pessoa mantenha o contato. Todos nós mantemos raízes fortes com o passado. Temos a tendência de estabelecer vínculos amorosos com as coisas que fazem parte do nosso passado. Alguns mais, outros menos”, explicou o psicanalista Roberto Hallal, que trabalha com Jobson.

“O fator principal é a ligação afetiva que ele manteve e preserva com a favela. Manter esse vínculo é sadio. O desempenho no futebol caiu por causa da falta de atenção. Ele não está cumprindo os compromissos e está fazendo as escolhas dele, independentemente de preferir ir à favela ou shopping”, analisou a psicóloga que trabalhou na Seleção e em grandes clubes do Brasil, Suzy Fleury, que completou:

“Ele disse na apresentação que iria manter o estilo de vida. Alertou e não mudou. Toda escolha tem consequência”.

O resultado tem sido a dificuldade de voltar a jogar e vem desde 2010. Independentemente de frequentar favelas para se divertir ou da relação com companhias duvidosas, o que se vê é que o futebol não é mais o foco principal de Adriano, que busca a alegria e a diversão fora do campo.

“Não é qualquer pessoa que consegue abrir mão da liberdade, como deve fazer um atleta de alto rendimento. É um preço alto a ser pago e vejo que o Adriano está escolhendo não se render ao comprometimento exigido”, disse Fleury.

“Parece que ele desistiu, não tem mais interesse nem motivação. O dinheiro é supérfluo, não traz felicidade e não vai comprar o prazer de encontrar os amigos”, completou Hallal.
 
FONTE: MARCA

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