terça-feira, 5 de agosto de 2014

Federação Inglesa proíbe retorno de atletas ao campo após pancada na cabeça .

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Medida pretende evitar que jogadores possam sofrer problemas neurológicos após choques fortes. O uruguaio Álvaro Pereira chegou a desmaiar duas vezes recentemente por lances assim

A Federação Inglesa de Futebol (FA) divulgou uma nova regra para os jogadores nesta terça-feira. A partir desta temporada, atletas que receberem pancadas na cabeça e permanecerem desacordados não poderão mais voltar ao campo de jogo.


Getty Images
Contra a Inglaterra, na Copa, Álvaro Pereira
chegou a desmaiar após choque com Sterling

A medida é apoiada pelo Campeonato Inglês e suas respectivas divisões, e visa prevenir as chamadas concussões no esporte. Um dos exemplos apresentados como perigosos à saúde dos jogadores foram os casos vividos pelo lateral-esquerdo do São Paulo Álvaro Pereira em pouco mais de um mês.
Na Copa do Mundo, o jogador levou uma joelhada no rosto e apagou em campo. Após se levantar, o uruguaio contrariou a orientação dos médicos da seleção e voltou ao jogo. No último sábado, em partida contra o Criciúma pelo Campeonato Brasileiro, o camisa 6 se chocou com o rosto no chão e também ficou desacordado. Assim como na Copa, voltou ao jogo e foi importante para o gol da equipe do Morumbi.
Segundo comunicado da FA, um estudo com o médico Ian Beasley vem sendo desenvolvido desde 2013. A partir de 2014, todos os atletas precisarão passar por uma série de exames cognitivos antes da temporada, que visam procurar possíveis lesões neurológicas causadas por antigas pancadas. Caso o jogador já tenha passado por dois lances em que lesionou a cabeça, ele precisará passar por um exame psicotécnico.
Outra medida é que jogadores com lesão constatada, a partir de um lance dentro de campo, precisarão ser observados por seis dias corridos, e ficam inaptos a atuar no período. Para Beasley, os clubes precisam entender a importância do projeto: "Os gerentes, os jogadores e os clubes precisam entender os riscos associados a ferimentos na cabeça. O conselho de profissionais da área médica é fundamental nesta área".
O diretor acrescenta: "Temos trabalhado em estreita colaboração com as partes interessadas para desenvolver essas novas diretrizes. A mensagem é clara para os jogadores: ouça o aconselhamento médico e não tome decisões, apenas pare de jogar e espere seu tempo para se recuperar."
Beasley completa: "Estamos comprometidos a trabalhar com a Fifa para entender o impacto universal de traumatismo craniano no futebol. Vamos garantir que ele está no topo das prioridades da Fifa, e iremos discutir as opções para um novo programa de pesquisa com eles".
No Futebol Americano, esporte conhecido também por suas inúmeras concussões dentro de campo, estudos já mostraram que ex-jogadores sofrem sérios danos físicos e mentais com o passar da idade, sempre relacionados ao excesso de pancadas recebidas na cabeça.
FONTE : GAZETA .

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