JARDEL FAZ MAIS UM GOL. Foto no google imagens ( reprodução ) .
O texto a seguir é de autoria do jornalista BRUNO FORMIGA ( site yahoo ).
Mário Jardel, uma lenda muito menor do que seus feitos.
Se Jardel tivesse nascido em qualquer outro país,
seu nome estaria entre os grandes. Seria um ídolo de números incontestáveis. Só que o atacante alto e meio sem jeito é brasileiro. Cria de um lugar onde se cobra mais
ginga e habilidade do que
eficiência. Aqui, prefere-se estética a resultado.
O cearense Mário Jardel, no auge, é dono de uma
das melhores médias de gols de que se tem notícia. No Grêmio, foram 67 em 73 partidas (contando aí a artilharia da Libertadores de 1995). No Porto-POR, meteu
168 em 175 jogos. Com a camisa do Galatasaray-TUR, 34 em 43 aparições (no campeonato turco, por exemplo, fez 22 gols em 24 jogos). No
Sporting-POR, 67 bolas nas redes em 62 confrontos. Nada mal, não é?
Por todos esses clubes, Jardel colecionou títulos
e feitos incríveis. É reconhecido e respeitado como um jogador de raro poder de fogo. No Grêmio, marcou época ao lado de Paulo Nunes. No Porto, foi eleito o maior
goleador da Europa. No Galatasaray, simplesmente estreou vencendo
uma Supercopa da UEFA em cima do Real Madrid e marcando os dois gols. No Sporting de PORTUGAL, foi
novamente Chuteira de Ouro do Continente e ainda tirou o time da fila de títulos
nacionais.
Mesmo com tudo isso, Jardel sempre foi visto no
Brasil como um atacante limitado, que não representava "nosso jeito de
jogar". Parecia ter o DNA errado. Nunca teve as chances que merecia na
seleção. Além disso, passou por um fim de carreira conturbado, que manchou suas
estatísticas monstruosas.
Depois do Sporting, Jardel só desceu. Separou-se
da esposa, envolveu-se com bebidas e drogas. Torrou boa parte da fortuna que
acumulou. Passeou por uma infinidade de equipes. Tentou a sorte da Argentina
até a Austrália. Mendigou espaço em times pequeninos e nem assim voltou a
marcar gols com a frequência de antes. Virou motivo de chacota. Perdeu para o
próprio corpo. Manchou a própria história. O "Super Mário" ficou sem
poderes.
Mas o
Jardel que deve ser lembrado é aquele que voava sobre os zagueiros,
como cantou certa vez o português Rui Veloso. Um nordestino que ganhou o mundo,
como um gigante que não cabia na própria terra. Um nome, injustiçado ou não,
para sempre..
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