Agência Estado
Casagrande e Sócrates, no Corinthians dos anos 1980
Sócrates e Casagrande, os principais nomes da Democracia Corintiana, incomodavam e eram alvos de investigações dos órgãos de repressão da ditadura militar.
É o que pode ser visto nos arquivos do DEOPS (Departamento Estadual de Ordem Política e Social), o órgão da polícia paulista que tinha como "objetivo prevenir e reprimir delitos considerados de ordem política e social contra a segurança do Estado".
A partir desta segunda-feira, fichas e prontuário de pessoas investigadas na maior parte do século passado estão disponíveis na internet, no site www.arquivoestado.sp.gov.br.
Segundo o próprio Arquivo do Estado, esses documentos " revelavam as pessoas e organizações que foram alvo de vigilância desses órgãos, ou, como ficou popularmente conhecido, quem foi ‘fichado’ pelo DEOPS".
Incomodava ao regime militar a desenvoltura de Sócrates e Casagrande fora de campo.
A ficha de Sócrates, morto em 2011, era mais extensa. Baseado em matérias de jornais e investigações próprias, o DEOPS cita a participação do ex-corintiano na organização de comício a favor das eleições diretas para a presidência, em 1984.
Cita o envolvimento do jogador no Movimento Pacifista Brasileiro e uma entrevista dele conjunta com o então governador Franco Montoro.
Quando parou de jogar, e ensaiou uma carreira política, Sócrates também foi alvo de apreensão. Em 1988, o DEOPS lançou na ficha do craque um eventual plano de se candidatar à Prefeitura de Ribeirão Preto.
Mas também é listado um episódio em que o ex-jogador, em 1987, foi detido com alguns amigos acusado de portar algumas gramas de maconha.
FONTE: ESPN.com.br
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