domingo, 22 de maio de 2011
Guga Kuerten comemora 10 anos do tri na França e exalta nível do tênis atual. VEJA TAMBÉM ( aqui ) 4 VÍDEOS da entrevista na TV DE FRENTE COM GABI.
São Paulo, 22 mai (EFE).
1) Único brasileiro a ter alcançado o primeiro lugar do ranking da ATP, o ex-tenista Gustavo Kuerten, que comemora dez anos da conquista do tricampeonato do torneio de Roland Garros, elogiou o nível atual do tênis, mas destacou que a modalidade está polarizada, algo que não acontecia há alguns anos.
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2) "É praticamente inacreditável as coisas que vem acontecendo no tênis. É de difícil compreensão porque não se via isso há muito, muito tempo. (As coisas estão voltando para) a época que não era nem Open e ainda não era nem Aberto, como eles chamavam. O que é estranho é a diferença que existe hoje entre uns poucos jogadores e a maioria dos outros. Nos últimos 20 anos não tinha tanto isso", declarou Guga, em entrevista publicada neste domingo pelo jornal "O Estado de S. Paulo".
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3) O ex-tenista, que deixou a raquete em 2008 após cair na primeira rodada no saibro francês e tem atualmente 34 anos, considerou que o tênis é mais homogêneo que antes porque as diferenças de jogo entre os tipos de quadra se diluíram.
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4) "O tênis mudou bastante, mas no sentido de que hoje as superfícies são mais homogêneas: a quadra rápida já não é mais tão rápida e o saibro não é tão lento. Tudo é mais o meio termo. Isso corresponde, em fatos reais, que o Nadal tem condições de ganhar Roland Garros e Wimbledon, assim como o Federer já o fez, e o Djokovic tem a possibilidade", raciocinou.
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5) Guga relembrou os títulos de 1998, 2000 e 2001 no Grand Slam de Paris, cuja edição de 2011 começou neste domingo, e deu destaque para a última conquista, em que derrotou o espanhol Alex Corretja na decisão após quase ter sido eliminando nas oitavas de final para o americano Michael Russell.
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6) "Na realidade, naquele jogo, e até agora considero, eu estava fora do campeonato. Ele estava me ganhando por 2 sets a 0, 5-2 no terceiro set. Naquela situação, já tinha desistido. Foi algo muito mais do acaso do que da persistência porque, se me lembro, no match point, eu estava tão desinteressado que cheguei a jogar duas ou três bolas boas as quais não me importava mais se iriam dentro ou fora. Já contava como perdido aquele jogo", revelou.
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7) Para o brasileiro, que terminou o ano de 2000 como número 1 do mundo, aquela vitória foi uma prova da imprevisibilidade da modalidade.
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8) "Neste lado, o tênis - o esporte como um todo, mas o tênis especificamente - é capcioso ao extremo: um centímetro, às vezes meio... Acertei duas bolas na linha no match point que se fossem fora, eu estaria em casa hoje e teria dois troféus apenas. Em outro ponto, a sensação já foi completamente oposta: eu estava com reais chances de vencer a partida, em questão de, no máximo, 30 segundos. Ou seja, foi o oposto dos sentimentos. É um pouco do tênis", acrescentou.
FONTE: EFE
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