Goleiro do Fluminense se mostrou irritado com as especulações sobre pedido de aumento e disse que nunca criou problemas para renovar.
Diego Cavalieri conversa com companheiros no treino do Fluminense
A delegação do Fluminense retornou ao Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira, um dia após o empate por 1 a 1 com o Figueirense, em Florianópolis. O que mais chamou atenção, porém, não foram as análises sobre o desempenho do time, e sim o desabafo do goleiro Diego Cavalieri, que deixou claro a sua irritação com as proporções tomadas pela negociação da renovação de seu contrato com o clube. O jogador tem vínculo somente até 31 de dezembro e em primeiro de julho deste ano estava livre para assinar um pré-contrato com outra equipe.
Diego Cavalieri vinha tratando com naturalidade do processo de renovação, que começou de maneira tímida em 2013. Esse ano, porém, a pressão aumentou devido à legislação, mas, mesmo assim, o goleiro evitou cobrar os dirigentes e, sempre que era perguntado, dizia que acreditava em um acordo rápido. Porém, a falta de pressa fez aumentar especulações e notícias sobre o tema, até que vazou a informação de que ele teria pedido um salário de R$ 500 mil para renovar, o que representaria um aumento superior a 70%.
Pouco após o vazamento desta notícia, o jogador se tornou desfalque por algumas semanas devido a uma crise de gastroenterite. Perdeu bastante peso e só conseguiu retornar ao time contra o Figueirense. No período em que esteve afastado, sofreu com insinuações de corpo mole e que estaria sendo mercenário com o clube. O jogador, enfim, se posicionou no retorno ao Rio, em tom de desabafo.
FOTO: REPRODUÇÃO / FACEBOOK
"Durante todos esses anos, ganho a mesma coisa desde que cheguei ao clube. Nunca pedi aumento. Nunca criei problema para renovar. O que me deixa triste foi o fato de se externar a negociação, pois passou a impressão de algo que não sou, mercenário. Para mim isso não foi bom".
O jogador não reclamou do impasse sobre o tema. "Agora saiu a notícia de que a diretoria do Fluminense vai esperar até 2015 para conversar. Sempre disse que temos muito tempo até dezembro para isso. A negociação nunca me irritou e sim o fato de terem externado coisas".
Diego Cavalieri viveu seu melhor momento no Fluminense em 2012, quando foi um dos principais nomes do time na conquista do Campeonato Brasileiro. No ano passado, porém, caiu de produção e ficou de fora da Copa do Mundo de 2014, mesmo tendo participado de várias convocações antes do Mundial.
Além de Diego Cavalieri, outros jogadores do Fluminense se encontram com contrato somente até o fim do ano e hoje já estariam livres para acertar com outros clubes. Neste caso, estão o zagueiro Gum, o lateral esquerdo Carlinhos, os volantes Diguinho e Valencia e o goleiro Kléver.
Após o desembarque da delegação, os jogadores foram liberados e, nesta sexta-feira, se reapresentam para o único treino antes do jogo contra o Palmeiras, previsto para sábado, às 18h30(de Brasília), no Maracanã, pela 21ª rodada. Para este compromisso, o técnico Cristóvão Borges não poderá contar com o lateral direito Bruno, que vai cumprir suspensão por ter sido expulso contra o Figueirense, e com o volante Diguinho, que recebeu o terceiro cartão amarelo no mesmo jogo. Para a vaga do primeiro, a tendência é que o volante Jean seja improvisado no setor. Com isso, as duas vagas de volante ficariam em aberto. Edson, se recuperando de lesão na coxa esquerda, e Valencia, com dores no joelho direito, dependem de liberação do departamento médico. Rafinha é outra opção.
O zagueiro Henrique e o atacante Fred, poupados contra o Figueirense, voltam ao time, enquanto que os atacantes Rafael Sobis, que luta contra lesão na coxa esquerda, e Walter, com dores no joelho direito, serão reavaliados. Após o treino desta sexta-feira, começa o período de concentração para a partida contra os palmeirenses. No primeiro turno, na capital paulista, o Tricolor ganhou por 1 a 0, com gol de Rafael Sobis.
FONTE: IG RJ
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