quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Nemanja Bjelica , A ESTRELA DA SÉRVIA.

A cravada explosiva impressiona, tanto é que o narrador ali no vídeo soltou um berro na hora. Mas é interessante olhar a movimentação do ala antes disso. Ao observar Kenneth Faried fechando para fazer a cobertura perto da cesta, Bjelica abre para o chute de longe. Quando percebe Milos Teodosic entrando pelo meio, ele arranca para receber o passe. Por já estar em velocidade, impossibilita Faried de reagir a tempo e consegue finalizar com força.....
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Inteligência, visão de jogo e velocidade são apenas algumas das virtudes deste intrigante ala de 26 anos, que liderou a Sérvia em pontos e em rebotes por partida no Mundial — 15,1 e 6,9 de médias nos fundamentos, respectivamente. Dá para somar a isso tudo o controle de bola, o passe e o chute confiável de longe, características notáveis para um sujeito de 2,09m. Não foi à toa que o Draft Express, site especializado na análise de jogadores com chance de aparecer no recrutamento da NBA, o classificou em 2010 como “um armador disfarçado no corpo de um ala-pivô”.

O nome dele não passou batido no Draft daquele ano. Bjelica foi chamado na 35ª escolha, a quinta da segunda rodada, pelo Washington Wizards — que o envolveu imediatamente em uma troca com o Minnesota Timberwolves. Ao invés de ir para os Estados Unidos, optou por seguir mais um tempo na Europa ao assinar contrato com o Baskonia.
Nemanja Bjelica: armador no corpo de um ala-pivô? (Foto: Fiba/Divulgação)
Nemanja Bjelica: armador no corpo de um ala-pivô? (Foto: Fiba/Divulgação)
Depois de três temporadas no clube espanhol, nas quais sempre apresentou evolução em relação à anterior, arrumou as malas e se mandou para a Turquia. Em julho de 2013, acertou por três anos com o Fenerbahce e justificou a decisão apontando a oportunidade de trabalhar com o técnico Zeljko Obradovic, que venceu oito títulos da Euroliga com quatro equipes diferentes e é considerado um dos melhores do Velho Continente.

Logo de cara, se consolidou como uma das peças-chave do time turco, que rodou na segunda fase da última Euroliga. Titular em 18 dos 24 jogos que disputou na competição continental, teve médias de 10,4 pontos, 6,1 rebotes, 2,2 assistências e 1,6 roubo de bola em cerca de 25 minutos de ação por partida. Vale notar também que o aproveitamento nas bolas de três voltou a superar a marca dos 40% — o que aumenta seu arsenal ofensivo e, consequentemente, o faz alguém ainda mais difícil de ser marcado.

O crescimento temporada a temporada ficou evidente nas atuações sólidas que Bjelica teve no Mundial, despontando como um dos líderes da campanha sérvia que terminou no vice-campeonato. A ida para a NBA não deverá acontecer até 2016, quando o contrato com o Fenerbahce se encerra.

Até lá, o ala-pivô tem mais dois anos para continuar se desenvolvendo e chegar ao Minnesota Timberwolves como uma aposta bem interessante. Se vai dar certo ou não na NBA é uma outra história, muito difícil de se prever. Mas os motivos para acreditar em uma trajetória bem sucedida dele na principal liga do mundo estão cada vez maiores.

FONTE: LUIS ARAÚJO
Coluna Triple-Double

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