quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Três verdades e mentiras sobre Pelé. ESTA SEMANA o REI COMPLETARÁ 70 anos.




O TEXTO a SEGUIR é de autoria do jornalista CELSO UNZELTE.

Seja no dia 21 de outubro ( quando ele de fato nasceu ) ou no dia 23, conforme consta na certidão de nascimento, o fato é que nesta semana Pelé, o rei do futebol mundial em todos os tempos, completa 70 anos.
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A seguir, resgato depoimentos que ele me deu em 1999, para a revista Placar, sobre três histórias que se contam por aí sobre sua vida e carreira.

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PRIMEIRO ENFOQUE

A versão:

Antes de aparecer no Santos, Pelé teria sido reprovado em peneiras de outros clubes, que variam conforme quem conta essa história: Corinthians, Palmeiras, São Paulo...


O fato, explicado pelo próprio Pelé:

“Antes de ir para o Santos, eu nunca havia saído de Bauru. Acontece que eu estive em São Paulo disputando um torneio infanto-juvenil estadual pelo Baquinho. Jogamos a final na Rua Javari e ganhamos fácil. Só eu fiz uns quatro gols. No Baquinho tinha um meia, o Tiãozinho, que era um crioulinho também e vestia a camisa 10 (eu era o 8). Quando eu apareci no Santos usando a 10, todo mundo se lembrou daquele menino do Baquinho, o Tiãozinho, que realmente esteve rodando em vários clubes, entre eles o Bangu, do Rio. Mas aquele não era eu, não, era o Tiãozinho...”

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SEGUNDO ENFOQUE

A versão:

Em uma excursão do Santos, o juiz expulsou Pelé de campo. Depois, acabou “expulso” pelo público revoltado e Pelé voltou ao campo.


O fato, segundo Pelé:

“Isso tudo aconteceu na Colômbia, por causa da confusão que todo mundo fazia entre mim e outros jogadores negros do Santos. Fui expulso porque, segundo o juiz, eu estava em uma briga da qual não participei. Tinha ido lá para apartar, mas o juiz queria tirar um de cada time. Viu um outro crioulo brigando e acabou me expulsando. Mas, na verdade, quem criou a confusão foi o Dorval. Depois, a torcida ameaçou invadir o campo e eu tive que voltar. O juiz foi mesmo trocado”.


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TERCEIRO ENFOQUE


A versão:

Certa vez, o juiz teria confirmado um gol duvidoso do Santos. Ao ser pressionado por todo o time adversário, teria justificado que, legal ou não, a jogada merecia ser validada só “por causa da sua beleza”.


O fato, segundo o próprio Pelé:

“Essa aconteceu, sim. Foi no campo do Santos, em um jogo contra o Guarani, e eu sei que não é mentira porque eu mesmo ouvi o juiz falar. O juiz era o João Etzel e foi em uma jogada quase igual àquela que ficou famosa, contra o Juventus: eu dei chapéus seguidos em três zagueiros e chutei contra o gol de entrada da Vila Belmiro. A bola bateu no travessão, no chão e ele deu o gol. O time inteiro do Guarani correu para cima do juiz, alegando que a bola não havia ultrapassado a linha. No fim, o juiz confessou: ‘Querem saber de uma coisa? Mesmo se não tivesse sido gol eu iria dar, porque a jogada foi muito bonita. É gol do Pelé e acabou!”

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