Se Capiba fosse vivo, dificilmente teria conseguido acompanhar esta final do campeonato pernambucano que consagrou o tricampeonato do Santa Cruz. Torcedor fanático do tricolor, Capiba não conseguia acompanhar um jogo do começo ao fim. “Ele ligava o rádio e ouvia o começo. Aí tinha algum atropelo, ele desligava, ficava nervoso. Passava um tempo, ligava de novo”, conta dona Zezita Barbosa, viúva do compositor.
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Em 1957 ele compôs O mais querido, hino oficioso do clube e mais popular entre a torcida do que a música oficial, composta pelos irmãos Valença cinco anos antes. Em 1976, o próprio Capiba fez algumas alterações na música, que ficou do jeito que a conhecemos hoje:
Capiba era dono de duas cadeiras no estádio do Arruda, próximas à tribuna de honra, mas também não conseguia ver seu time jogar. Ia para o Arruda quando não era o Santinha quem estava em campo. A paixão pelo tricolor se espalhava pela casa: no piano, uma bandeira e um chaveiro; no quarto, um boneco.
O jovem Capiba tentou a carreira de jogador profissional, junto com a música. Atuou nos times do América e Campinense, em Campina Grande (PB), e teve uma passagem rápida pelo time Recife. Guardava em casa várias fotos em jogos e peladas. Em 1958 viajou para a Europa, onde acompanhou a campanha vitoriosa do Brasil. No dia do seu sepultamento, 2 de janeiro de 1998 (Capiba morreu vítima de uma infecção generalizada no último dia de 1997), o “hino” do Santa Cruz foi uma das músicas tocadas no cortejo fúnebre, liderado pelo maestro Duda..
FONTE: JC On Line
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