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O TEXTO a SEGUIR é do comentarista PAULO ROBERTO FALCÃO. Está na edição de hoje / Jornal Zero Hora.
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COM SERENIDADE
I ) A expectativa de uma noite dramática no Beira-Rio começou a ser desfeita logo aos cinco minutos, quando o Banfield parou o jogo para ganhar tempo. Ali já se podia perceber que o time argentino não seria adversário para o Internacional. Entrou para se defender, para segurar a vantagem obtida em casa. O Internacional fez o certo: adiantou a marcação, trocou passes até encontrar as brechas e ganhou com tranquilidade, fazendo o escore cedo e afastando completamente o risco de estresse. Vendo-se o jogo de ontem não dá para entender como o Inter levou 3 a 1 desse time no primeiro jogo.
II ) Também não se pode dizer que ontem o Internacional teve uma grande atuação. Não. Mas teve uma atuação madura, posicionou-se bem em campo, Andrezinho ajudou Nei nas jogadas pelo lado direito, D’Alessandro foi eficiente na ligação. Faltou, apenas, uma verticalização maior. Não faltou eficácia: no primeiro tempo, o Inter criou três situações de gol e converteu uma. No segundo, construiu apenas duas situações e marcou o outro gol que precisava para avançar na Libertadores.
III ) Aí a torcida fez a sua parte. Cantou, aplaudiu, vaiou o adversário e ajudou a manter o ambiente de tranquila supremacia. O Banfield jamais ameaçou o gol de Abbondanzieri. Depois do gol de Walter, o Internacional até recuou um pouco, mas tudo o que seu adversário conseguiu fazer foi abrir um pouco seu sistema defensivo, possibilitando contra-ataques que o time de Fossati não soube aproveitar.
IV ) Talvez porque não precisasse mais. O objetivo já estava alcançado.
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* O autor do texto acima é comentarista da TV GLOBO, bem como do sistema RBS de comunicação.
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