PARTE 1
1.1) Considerado pela cúpula da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nome forte para ser coordenador técnico da seleção brasileira, o ex-jogador Leonardo já desempenhou papel e tomou atitudes que podem ser vistas como “anti-Dunga” em seus anos como atleta do time nacional.
.
.
1.2) Quando atleta, Leonardo já pediu dispensa da seleção brasileira, ação que causa ojeriza ao técnico Dunga. O comandante da frustrada campanha na Copa da África não escondia sua irritação - no início do trabalho - com os pedidos de Kaká e Ronaldinho para ficarem fora de alguns jogos ou competições de menor prestígio, como a Copa América.
.
.
1.3) O torneio sul-americano também foi o cenário do pedido de dispensa de Leonardo. Capitão no início da gestão Vanderlei Luxemburgo no time nacional, o ex-meia foi preterido para usar a braçadeira na Copa América de 1999. Viu Cafu ser o escolhido. Frustrado, pediu para deixar o grupo.
.
.
1.4) Na ocasião, disse que ser capitão era o único estímulo que ainda o ligava à seleção. "Eu não achava que seria mais convocado [após a Copa de 1998], mas quando fui escolhido capitão para os amistosos com a Holanda, ganhei motivação", afirmou à época.
.
.
1.5) Leonardo chegou a anunciar sua aposentadoria da seleção, alegando desilusão com a estrutura e o ambiente do futebol. Reclamou mais foco em questões sociais. Mas, em 2001, aceitou convocação de Luiz Felipe Scolari.
.
.
.
PARTE 2 : Ronaldo e a final de 98.
2.1) Uma divergência - com Dunga - ocorreu no episódio da crise nervosa sofrida por Ronaldo, horas antes da final do Mundial de 1998, na França.
.
2.2) Jogadores e integrantes do staff da CBF disseram, à época , que Leonardo e o então capitão da seleção lideraram grupos que tinham visões diferentes sobre a escalação do atacante.
.
.
2.3) À época, Dunga confirmou que ele e Leonardo estavam em lados opostos. Inicialmente o capitão era contra Ronaldo ir a campo. O então meia, após ver o "Fenômeno" no vestiário, pedindo para jogar, passou a defender a entrada dele na equipe. A escalação de Edmundo e Bebeto - como dupla de ataque titular - já havia sido anunciada.
.
.
2.4) "Depois dos exames, ele se sentiu bem, quis jogar, então dei apoio a ele", disse Leonardo à "Folha de S. Paulo" após a derrota por 3 a 0 para a França. Os próprios jogadores (na época) minimizaram a discussão, considerada natural num ambiente de seleção brasileira.
.
.
PARTE 3 : Imagem é tudo
3.1) Apesar de ter deixado o Milan, da Itália, após uma frustrante primeira temporada como treinador, Leonardo tem várias características buscadas pela CBF. Possui experiência internacional como jogador, técnico e dirigente. Antes de assumir o time italiano, desempenhou várias funções diretivas no clube.
.
.
.
.
3.2) Sua trajetória bem-sucedida também ajudaria na imagem que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, quer que o mundo tenha da organização do Mundial no Brasil. E sua desenvoltura com a imprensa - acima da média para o meio futebolístico - fugiria dos confrontos característicos da era Dunga, quando o técnico chegou a usar palavrões para ofender um jornalista em entrevista coletiva na África do Sul.
.
Fonte da notícia: Daniel Tozzi, Paulo Passos e Marcel Rizzo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário